Começou por ser o cantinho onde postava os textos que escrevia, agora já é um pouco mais que isso...
domingo, 27 de junho de 2010
The Fray - How to Save a Life
Step one you say we need to talk
He walks you say sit down it's just a talk
He smiles politely back at you
You stare politely right on through
Some sort of window to your right
As he goes left and you stay right
Between the lines of fear and blame
And you begin to wonder why you came
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
Let him know that you know best
Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence
Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God, he hears you
And pray to God, he hears you
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed
He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you begin to wonder why you came
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
How to save a life
How to save a life
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
How to save a life
How to save a life
Eu - Sim, gosto de Anatomia de Grey algum problema?
J - É tão lamechas não sei como consegues ver aquilo. E as musicas? Meu deus, mais lamechas ainda...
Eu - Querias tu ser lamechas assim como eu, sou uma romântica! Além disso sou rapariga, posso e devo gostar de coisas lamechas, sim?
J - Ok ok, não te quero ofender, "lamechazinhas"! O mais giro é quando choras a ver os episódios...
Eu - Sou sensível e lamechas 'tá?
J - 'Tá =P
segunda-feira, 21 de junho de 2010
SMS
20/Junho/2010, 23:55:56
Saudade de hoje, um abraço.
Não que seja um dia diferente dos outros, na verdade até foi igual a todos os outros dias. Mas preciso de um abraço, rodear os meus braços no teu pescoço, enquanto tu rodeias os teus à volta da minha cintura e me ergues a uns centímetros do chão. Conforta a minha cabeça entre o teu ombro e o teu pescoço e, aperto-te com tanta força que quase ficas com dificuldade em respirar.
Tenho saudades dos teus abraços, daqui a quinze minutos quero um tão grande quanto o tamanho do mundo.
Amo-te
Saudade de hoje, um abraço.
Não que seja um dia diferente dos outros, na verdade até foi igual a todos os outros dias. Mas preciso de um abraço, rodear os meus braços no teu pescoço, enquanto tu rodeias os teus à volta da minha cintura e me ergues a uns centímetros do chão. Conforta a minha cabeça entre o teu ombro e o teu pescoço e, aperto-te com tanta força que quase ficas com dificuldade em respirar.
Tenho saudades dos teus abraços, daqui a quinze minutos quero um tão grande quanto o tamanho do mundo.
Amo-te
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Pedigree Adoption Drive
"I rescued a human today...
Her eyes met mine as she walked down the Corridor peering apprehensively into the kennels.
I felt her need instantly and knew I had to help her.
......
I wagged my tail, not too exuberantly, so she wouldn't be afraid.
As she stopped at my kennel I blocked her view from a little accident I had in the back of my cage. I didn't want her to know that I hadn't been walked today. Sometimes the shelter keepers get too busy and I didn't want her to think poorly of them.
As she read my kennel card I hoped that she wouldn't feel sad about my past.
I only have the future to look forward to and want to make a difference in someone's life.
She got down on her knees and made little kissy sounds at me. I shoved my shoulder and side of my head up against the bars to comfort her. Gentle fingertips caressed my neck; she was desperate for companionship.
A tear fell down her cheek and I raised my paw to assure her that all would be well.
Soon my kennel door opened and her smile was so bright that I instantly jumped into her arms.
I would promise to keep her safe. I would promise to always be by her side. I would promise to do everything I could to see that radiant smile and sparkle in her eyes.
I was so fortunate that she came down my corridor. So many more are out there who haven't walked the corridors. So many more to be saved. At least I could save one.
I rescued a human today." - Judith Welch
Se tiverem facebook, não custa nada, façam-se fãs do Pedigree Adoption Drive
Link
Ao fazerem-se fãs estão a ajudar os milhares de cães que estão em canis. Se não ficaram sensibilizados, não podem ser pessoas normais de certeza.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Lifehouse - Everything
Find Me Here
Speak To Me
I want to feel you
I need to hear you
You are the light
That's leading me
To the place where I find peace again.
You are the strength, that keeps me walking.
You are the hope, that keeps me trusting.
You are the light to my soul.
You are my purpose...you're everything.
How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
You calm the storms, and you give me rest.
You hold me in your hands, you won't let me fall.
You steal my heart, and you take my breath away.
Would you take me in? Take me deeper now?
How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
And how can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
Cause you're all I want, You're all I need
You're everything,everything
You're all I want your all I need
You're everything, everything.
You're all I want you're all I need.
You're everything, everything
You're all I want you're all I need, you're everything, everything.
And How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
How can I stand here with you and not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?
Would you tell me how could it be any better than this?
Would you tell me how could it be any better than this?
Para não dizeres que nunca posto nada para ti, te ama
terça-feira, 25 de maio de 2010
Juventude Louca
Sentei-me na mesa com vista para o mar, fiquei à espera da minha bebida contemplando as ondas. A bebida chegou abri o meu caderno de folhas brancas e comecei a escrever. Estava compenetrada demais para reparar no que se passa a minha a volta.
Senti uma mão no meu ombro, parei de escrever e voltei-me para trás. Nunca acreditei que pudesses ser tu, como sempre estava a escrever as minhas histórias pensando em ti, fechei o caderno e fiquei em silêncio, a contemplar-te.
- Já lá vai muito tempo...
- Anos - respondi.
- Vejo que continuas a beber Baileys à tarde aqui sentada - sorriste para mim.
- Hábitos difíceis de contornar.
- Posso sentar-me um pouco?
- Está à vontade...
Ficamos a olhar-nos olhos nos olhos durante 5 minutos sem proferir-mos uma palavra que seja. O desejo de te beijar de novo, apoderava-se de mim, mas como? Como era possível depois de tudo, eu ainda sentir algo tão forte por ti? Ter um desejo insaciável dentro de mim. Levantei-me e abracei-te com toda a força que tinha, sussurrei-te ao ouvido:
- Tinha tantas saudades de ouvir a tua voz, saudades de ti. Nunca pensei que algum dia viesses à minha procura.
Ficamos a conversar durante horas, ou pelo menos assim pareceu. Contaste-me as imensas coisas que se passaram na tua vida. Sorri todo o tempo.
- Mas conta-me Rita o que é feito de ti?
Não consegui, caiu uma lágrima, olhei para baixo, tentando disfarçar...
- Não desperdices mais lágrimas tola!
Agarraste a minha mão e beijas-te-a. Senti-me protegida, como não me sentia desde os tempos de juventude louca. Aproximaste a tua cara de mim e encostamos as nossas testas, reparei que tinhas o rosto coberto de lágrimas, não tive forças para dizer o que fosse.
Senti o toque suave dos teus lábios de novo. Deixei-me engolir no mundo perdido da nossa juventude louca, ao som da nossa música e das ondas.
Rita
Senti uma mão no meu ombro, parei de escrever e voltei-me para trás. Nunca acreditei que pudesses ser tu, como sempre estava a escrever as minhas histórias pensando em ti, fechei o caderno e fiquei em silêncio, a contemplar-te.
- Já lá vai muito tempo...
- Anos - respondi.
- Vejo que continuas a beber Baileys à tarde aqui sentada - sorriste para mim.
- Hábitos difíceis de contornar.
- Posso sentar-me um pouco?
- Está à vontade...
Ficamos a olhar-nos olhos nos olhos durante 5 minutos sem proferir-mos uma palavra que seja. O desejo de te beijar de novo, apoderava-se de mim, mas como? Como era possível depois de tudo, eu ainda sentir algo tão forte por ti? Ter um desejo insaciável dentro de mim. Levantei-me e abracei-te com toda a força que tinha, sussurrei-te ao ouvido:
- Tinha tantas saudades de ouvir a tua voz, saudades de ti. Nunca pensei que algum dia viesses à minha procura.
Ficamos a conversar durante horas, ou pelo menos assim pareceu. Contaste-me as imensas coisas que se passaram na tua vida. Sorri todo o tempo.
- Mas conta-me Rita o que é feito de ti?
Não consegui, caiu uma lágrima, olhei para baixo, tentando disfarçar...
- Não desperdices mais lágrimas tola!
Agarraste a minha mão e beijas-te-a. Senti-me protegida, como não me sentia desde os tempos de juventude louca. Aproximaste a tua cara de mim e encostamos as nossas testas, reparei que tinhas o rosto coberto de lágrimas, não tive forças para dizer o que fosse.
Senti o toque suave dos teus lábios de novo. Deixei-me engolir no mundo perdido da nossa juventude louca, ao som da nossa música e das ondas.
Rita
Gary Jules - Mad World
All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kinda funny
I find it kinda sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very mad world mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kinda funny
I find it kinda sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very mad world ... mad world
Enlarging your world
Mad world
segunda-feira, 24 de maio de 2010
A Carta
Fui, neste infinito que me engoliu aos poucos...
Pouco resta de mim... Aquela pessoa que conheceste não existe mais, por tua culpa ou minha? Não sei, nem me importo em sabe-lo. Importei-me demais nesta vida com coisas insignificantes, sem sentido, que fizeram com que neste momento quem não tenha mais sentido seja eu.
Revejo cada dia da minha vida, nem todos foram maus, nem todos foram bons, simplesmente perdi a última força que tinha para me levantar, erguer a cabeça e enfrentar o novo dia.
Se alguém me desse a mão ajudava? Talvez com a tua mão eu me erguesse de novo.
Se jamais algo vai mudar, não me forces a ficar, por favor. Esperei demasiado tempo por ti, humilhei-me tantas vezes por te amar, movi mundos para estar contigo, enfrentei tudo e todos. Como acabei? Como me vês, perdida neste mundo enorme e assustador, como se fosse uma pequena criança. Mas sem uma vida toda pela frente, ela passou e eu fiquei a observá-la, sem nunca ter coragem para te enfrentar...
Nada doeu mais que a tua ignorância, o teu desprezo... Já passaram anos desde tudo, até hoje nem uma palavra me conseguiste dizer, um simples "Olá", hoje, teria feito algo valer a pena, adormeceria feliz, sabendo que não te sou indiferente.
Digo-te tudo isto hoje, porque talvez não haverá outra oportunidade de te o dizer, não terei coragem para te escrever de novo. No final de tudo apenas tentei que fossemos felizes à nossa maneira.
Não tenho mais raiva, nem ódio, ultrapassei tudo isso. Continuo a recordar com um sorriso os bons momentos que passámos, podes chamar-me fraca por ainda hoje sofrer com coisas de há tanto tempo, mas nunca tive oportunidade de te ver de novo e dizer-te tudo o que há tanto tempo tenho preso cá dentro e me atormenta.
Espero que não rasgues esta carta, guardes como uma lembrança de alguém que marcaste e talvez também te tenha marcado a ti.
Se um dia me procurares e não me encontrares mais, nem no nosso sítio habitual, que ainda hoje vou frequentemente, recorda apenas isto, os sonhos pelos quais perco todos os dias mais um pouco de mim, foram os melhores que alguma vez tive. É difícil dizê-lo, mas nunca nada foi melhor que os sonhos onde me perdi contigo.
Espero que estejas bem e não sejas um fracasso como eu. De certo que não o és, se continuas igual ao que eras em jovem, terás tido sucesso em tudo...
Não espero resposta, talvez também tu não tenhas tido coragem, ao fim de todos estes anos, para dizer uma palavra que seja a respeito de tudo...
Esperei por ti, até hoje,
Rita
PS: Se algum dia te lembrares, procura-me no sítio de sempre, alguém te saberá dizer algo sobre mim. Se já não estiver por perto, guarda em ti a memória que sempre te amei
Pouco resta de mim... Aquela pessoa que conheceste não existe mais, por tua culpa ou minha? Não sei, nem me importo em sabe-lo. Importei-me demais nesta vida com coisas insignificantes, sem sentido, que fizeram com que neste momento quem não tenha mais sentido seja eu.
Revejo cada dia da minha vida, nem todos foram maus, nem todos foram bons, simplesmente perdi a última força que tinha para me levantar, erguer a cabeça e enfrentar o novo dia.
Se alguém me desse a mão ajudava? Talvez com a tua mão eu me erguesse de novo.
Se jamais algo vai mudar, não me forces a ficar, por favor. Esperei demasiado tempo por ti, humilhei-me tantas vezes por te amar, movi mundos para estar contigo, enfrentei tudo e todos. Como acabei? Como me vês, perdida neste mundo enorme e assustador, como se fosse uma pequena criança. Mas sem uma vida toda pela frente, ela passou e eu fiquei a observá-la, sem nunca ter coragem para te enfrentar...
Nada doeu mais que a tua ignorância, o teu desprezo... Já passaram anos desde tudo, até hoje nem uma palavra me conseguiste dizer, um simples "Olá", hoje, teria feito algo valer a pena, adormeceria feliz, sabendo que não te sou indiferente.
Digo-te tudo isto hoje, porque talvez não haverá outra oportunidade de te o dizer, não terei coragem para te escrever de novo. No final de tudo apenas tentei que fossemos felizes à nossa maneira.
Não tenho mais raiva, nem ódio, ultrapassei tudo isso. Continuo a recordar com um sorriso os bons momentos que passámos, podes chamar-me fraca por ainda hoje sofrer com coisas de há tanto tempo, mas nunca tive oportunidade de te ver de novo e dizer-te tudo o que há tanto tempo tenho preso cá dentro e me atormenta.
Espero que não rasgues esta carta, guardes como uma lembrança de alguém que marcaste e talvez também te tenha marcado a ti.
Se um dia me procurares e não me encontrares mais, nem no nosso sítio habitual, que ainda hoje vou frequentemente, recorda apenas isto, os sonhos pelos quais perco todos os dias mais um pouco de mim, foram os melhores que alguma vez tive. É difícil dizê-lo, mas nunca nada foi melhor que os sonhos onde me perdi contigo.
Espero que estejas bem e não sejas um fracasso como eu. De certo que não o és, se continuas igual ao que eras em jovem, terás tido sucesso em tudo...
Não espero resposta, talvez também tu não tenhas tido coragem, ao fim de todos estes anos, para dizer uma palavra que seja a respeito de tudo...
Esperei por ti, até hoje,
Rita
PS: Se algum dia te lembrares, procura-me no sítio de sempre, alguém te saberá dizer algo sobre mim. Se já não estiver por perto, guarda em ti a memória que sempre te amei
terça-feira, 30 de março de 2010
Gotas
Estou aqui, sentada na ponta da falésia...
Apesar da paisagem magnífica a única coisa que me passa pela cabeça és tu...
Os ressentimentos misturados com ódio e fúria consomem-me, eu não preciso disto! Não quero sequer voltar a pensar em ti! Mas não consigo e isso ainda me consome mais!
Porque é que no fundo do meu ser sinto a tua falta?
(Sinto um pingo de chuva, dois, três, quatro... Está a chover, não me importo...)
Porque é que não tiraste um tempo para perceber tudo? Realizar Tudo? Eu estava ao teu lado, qualquer que fosse a situação, eu disse-te! Não quiseste saber, esqueceste-te que eu estava aqui sempre para ti... E agora? Agora os nossos caminhos são diferentes, se nos encontrasse-mos a meio caminho perceberias o erro que fizeste e como eu fiquei desfeita, quando tu nem sequer te importaste.
Todos os meus dias sinto que tenho uma nuvem cheia de chuva por cima da cabeça que me persegue e me lembra o quão na merda está a minha vida. No fundo tu importaste mas o orgulho foi demasiado grande para olhares nos meus olhos de novo. Orgulho ou vergonha? Não sei, só tu me poderias responder a isso.
Sinto-me a partir, deixo um bocadinho de mim por todos os lados, no banco, na mesa, na cama, no jardim, na rua, no café, no mar. Tu não estás cá para os juntares, não queres fazer parte de novo, olhar por mim, só porque não consegues admitir para ti que as coisas são como são e por mais que tentes não as vais conseguir contraria-las.
Fomos nós, podíamos ainda hoje ser, nunca foi estranho até pensares demais sobre isso. Realiza que tudo o que se passa não é mau, é bom e que eu te amo! Não te queria perder nem por nada. Percebe isso por favor, não te prendas, não deixes de mostrar quem és realmente, pois essa pessoa é a qual eu me apaixonei e venero mais na vida.
Volta para mim, percebe como eu percebi o porquê de sentir a tua falta...
Fala comigo, só uma vez, pessoalmente, no nosso lugar de sempre, deixa-me tentar explicar-te...
Deixa a pessoa que amo sair só um dia, deixa-me amar-te por um dia e mostrar-te como tudo podia ser perfeito...
(Sinto as gotas da chuva a rolarem pelo meu rosto)
Não digas que te sou indiferente, para ti podes já nem me amar, ou pelo menos pensar que não, mas se por acaso nos cruzarmos vais sentir um arrepio e borboletas no estômago.
Fala comigo um minuto que seja, pode ser agora, aqui à chuva...
Rita
terça-feira, 9 de março de 2010
Tu
Se tu não fosses tu, o tu que conheço bem, quem serias?
Não serias eu com certeza, nem aquele, nem aquela, nem o outro, nem a outra.
Como seria se não existisses?
Eu não seria eu, aquele não seria aquele, aquela não seria aquela, o outro não seria o outro e a outra não seria a outra.
Conclusão de tudo? Eu sou eu e, todos os outros são eles próprios, porque tu és tu. Sem ti tudo seria para lá do diferente.
(Barafundas mentais)
Não serias eu com certeza, nem aquele, nem aquela, nem o outro, nem a outra.
Como seria se não existisses?
Eu não seria eu, aquele não seria aquele, aquela não seria aquela, o outro não seria o outro e a outra não seria a outra.
Conclusão de tudo? Eu sou eu e, todos os outros são eles próprios, porque tu és tu. Sem ti tudo seria para lá do diferente.
(Barafundas mentais)
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Festas
Rita deixou-se cair na cama de braços abertos e barriga para cima, fechou os olhos...
Sonhava de novo...
"Porquê tu?", perguntava para ela própria, nunca falaram se quer uma vez, mas parecia que insistia em aparecer nos seus sonhos repetidamente. Rita só queria olhar de longe, não precisava sequer que trocassem um "Olá"...
Acordou meia zonza, mas a sorrir, tinha tido o mesmo sonho de todas as outra noites. O telefone tocou:
- Sim?
- Olá Rita, como estás?
- Bom dia Sara. Bem, acabei de acordar... E tu?
- Tudo óptimo! Olha hoje vou dar uma festinha cá em casa, poucas pessoas, não queres cá dar um saltinho?
- Pode ser, não tinha nada combinado mesmo...
- Boa! Então até logo!
- Até Logo!
Rita tomou banho à pressa, secou o cabelo, vestiu um vestido branco, calçou as sandálias e pôs-se no carro... Chegou um pouco atrasada a festa, entrou e cumprimentou todos os que estavam na sala. Foi buscar um copo de baileys e sentou-se entretida no sofá a conversa... Minutos depois chegaram mais pessoas, foram passando a cumprimentar todos, Rita recebeu dois beijinhos, nem reparara quem a estava a cumprimentar, olhou-a nos olhos e sorriu:
- É um prazer conhecer-te, já tinha ouvido falar muito de ti...
- De mim?
- Sim, Rita não é? Só falaram bem, está descansada!
- Sim! Ah ainda bem!
- Então até já! Vou cumprimentar o resto da pessoas.
- Até já!
Sorriu, voltou costas e meteu conversa com outra pessoa.
Rita acendeu um cigarro e sorriu, era o começo de uma noite curiosa.
Sonhava de novo...
"Porquê tu?", perguntava para ela própria, nunca falaram se quer uma vez, mas parecia que insistia em aparecer nos seus sonhos repetidamente. Rita só queria olhar de longe, não precisava sequer que trocassem um "Olá"...
Acordou meia zonza, mas a sorrir, tinha tido o mesmo sonho de todas as outra noites. O telefone tocou:
- Sim?
- Olá Rita, como estás?
- Bom dia Sara. Bem, acabei de acordar... E tu?
- Tudo óptimo! Olha hoje vou dar uma festinha cá em casa, poucas pessoas, não queres cá dar um saltinho?
- Pode ser, não tinha nada combinado mesmo...
- Boa! Então até logo!
- Até Logo!
Rita tomou banho à pressa, secou o cabelo, vestiu um vestido branco, calçou as sandálias e pôs-se no carro... Chegou um pouco atrasada a festa, entrou e cumprimentou todos os que estavam na sala. Foi buscar um copo de baileys e sentou-se entretida no sofá a conversa... Minutos depois chegaram mais pessoas, foram passando a cumprimentar todos, Rita recebeu dois beijinhos, nem reparara quem a estava a cumprimentar, olhou-a nos olhos e sorriu:
- É um prazer conhecer-te, já tinha ouvido falar muito de ti...
- De mim?
- Sim, Rita não é? Só falaram bem, está descansada!
- Sim! Ah ainda bem!
- Então até já! Vou cumprimentar o resto da pessoas.
- Até já!
Sorriu, voltou costas e meteu conversa com outra pessoa.
Rita acendeu um cigarro e sorriu, era o começo de uma noite curiosa.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Nego e sempre negarei
Era uma quarta-feira banal, como tantas outras, à excepção que nessa tarde íamos tomar café. Ficamos de nos encontrar na Baixa, em frente aos Armazéns do Chiado, às quarto da tarde estava lá a tua espera. Como sempre atrasaste-te, durante esse tempo fiquei a pensar que de todas as vezes que nos encontramos nunca me vem à mente um assunto para falarmos, mas incrivelmente ficamos sempre horas e horas a simplesmente conversar sobre tudo.
Ao fim de meia hora lá chegaste, depois de um abraço prolongado, decidimos subir até ao Bairro Alto, andamos sem destino por aquelas ruelas, até que encontramos um bar que nos agradou. Sentamos-nos e pedimos dois cafés.
Tinha saudades tuas e saudades de falar contigo, já não nos víamos à demasiado tempo, tinha tanto para te contar e tu a mim. Ficamos horas no bar, contamos tudo o que havia para contar, discutimos os assuntos que preocupam a sociedade, rimo-nos e choramos. Quando olhamos para o relógio já passava das oito da noite, perguntaste-me se tinha alguma coisa para fazer à noite, respondi-te que não, sugeriste jantarmos por ali, logicamente aceitei, nenhum plano seria melhor do que jantar contigo.
Descemos o Bairro Alto, andamos até ao Largo do Carmo, entramos num restaurante que parecia ter um ambiente agradável, a música ambiente era chillout, nenhum sítio podia ser mais indicado para jantar. Pedimos uma dose de rosbife e para começar uma garrafa daquele vinho branco divinal.
Como seria de esperar e, após comer-mos as entradas a garrafa de vinho já estava vazia, as nossas conversas vagueavam entre sérias e cómicas, ao ponto de discutirmos muito convictamente sobre as nossas opiniões ou chorarmos a rir com coisas parvas.
Veio o jantar, pedimos mais uma garrafa, reparámos em todas as pessoas estranhas que estavam no restaurante, rimo-nos tanto que já não conseguia largar a barriga. Pedimos as sobremesas, dois cafés e a conta.
Saímos do restaurante já bem alegres, eram dez da noite, perguntei-te se não querias ir beber mais um copo ao bairro, já sabia que irias aceitar. Lá fomos, a rirmos-nos e a metermos-nos com todas as pessoas, sentamos-nos na Associação de Loucos e Sonhadores, bebemos dois baileys e incrivelmente ainda tínhamos assuntos sem fim para conversar.
Ao fim de algumas horas, só sei que já era tarde, sugeriste darmos um saltinho à tua casa nova, ainda não a conhecia. Lá fomos a pé até São Bento, entramos num prédio com um porta pequena e escadas estreitas, subimos até ao último andar e do lado direito era a tua casa. Entrei e a primeira sensação que tive é que a tua casa tem aquilo a que se chama feng shui, uma harmonia e paz simplesmente acolhedoras. A sala era grande, na varanda tinhas uma mesa com uma vela no centro e duas cadeiras, conseguia-se ver o Tejo e a margem sul. Inspiradora a vista, consegui perceber como tens inspiração sem fim para escrever e por que gostas tanto daquela casa.
Pedi-te para sentarmos na varanda, acendeste a vela e ficamos a contemplar a vista.
Surgiu um assunto que me deixa num misto de ansiosa e nervosa, perguntaste-me se alguma vez pensei sobre ti de outra forma, se alguma vez fantasiei com algo entre nós. Não sabia o que responder, lógico que já tinha pensado, não uma nem duas vezes, tantas que não consigo contar pelos dedos, mas nunca to disse, tinha medo de como irias reagir, talvez fugisses ao assunto, ou talvez dissesses que ideia parva a minha.
Senti, não te sei explicar como, que desejavas que a resposta fosse positiva. Não te consegui responder, apenas te perguntei se já tinhas pensado nisso alguma vez. Olhaste para o chão e com alguma vergonha respondeste que sim. Eu sempre soube, desde o primeiro dia em que nos olhamos com os chamados "olhos de ver", mas convenci-me que nunca iria acontecer, por mais que o deseja-se com tanta força, que nem escrevendo conseguia acalmar esse desejo.
Passei a minha mão levemente pelo teu cabelo e pela tua cara, senti o teu desejo tão ou mais forte que o meu, levantas-te, aproximaste-te e deste-me um beijo na cara, o meu desejo nesse momento subiu ao máximo, todas a fantasias passaram pela minha cabeça a mil quilómetros à hora, sei que a ti também te aconteceu o mesmo, os nossos lábios tocaram-se e nesse momento soube que não queria que aquela noite acabasse.
Finalmente o desejo consumiu-nos, foi tão carnal e tão sentimental que só tu e eu entendemos. Acordei de manha, senti-te a abraçares-me com força, relembrei a nossa noite que só posso dizer duas coisas louca e indescritivelmente sensacional. Concordamos que nunca ninguém iria saber alguma vez daquela noite, por isso ainda hoje, tu e eu negamos e sempre negaremos.
Rita
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