domingo, 13 de dezembro de 2009

Borboleta



Olha, ouve, sente, vive. Não te deixes abater, se fizeste algo mal, redimi-te, mostra que não voltas a fazer, muda por ti e por quem quiseres. Achas que não vale a pena? Como dizia Fernando Pessoa "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".

És tu, mais ninguém, e se alguém pode mudar algo na tua vida, não sou eu, não é ele
nem ela, és tu! Vive, vive como se cada dia fosse o último, como se quisesses abraçar o mundo com toda a tua força. É o teu futuro primeiro, os dos outros vem depois. Tens que te importar com os outros mas em primeiro lugar estas tu, e se tu não estás bem, não importa os outros agora importas tu.

Sai, vai la para fora, contempla o Sol, a vida. Salta, grita, mostra que és tu que mandas na tua vida e mais ninguém. Sê feliz e esfrega-o na cara de todas as pessoas.

Voa, pois só tu o podes fazer, borboleta...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não me sinto



Hoje não quero nada, se algo quisesse seria uma gruta onde me esconderia pela eternidade. Não sou eu, é como se o meu corpo fizesse tudo sozinho e eu apenas visse de cima, como olhando do alto de uma janela. É como se não estivesse dentro do meu corpo, mas mesmo assim ancorada a ele.
Vejo-me a vaguear pelas ruas de Lisboa, estou na Baixa, no segundo a seguir já estou nas Docas e passa-se mais um segundo e estou numa praia longínqua a contemplar o mar. Viajo como se estivesse num eterno sonho, sou eu mas ao mesmo tempo não sou. Estou num rodopio enorme de um paradoxo, do qual eu não consigo sair.
Desisti, deixo-me apenas ir, como água numa onda, sem lutar, rolando e rodopiando, sem pensar onde nem como vou parar.
Sinto-me leve, agora que o mar me abraça e sinto o vento a passar por mim, senti-me de novo, todos os pensamentos voaram da minha cabeça como pássaros de origami, era eu. Sinto que posso fazer tudo, posso saltar, gritar, correr e ninguém me impede, mesmo que tentassem eu não ia parar, nunca, pois agora estou livre.
Finalmente sou eu e não um corpo estranho que vagueia na rua, soltei-me e ninguém o pode impedir. Vejo-vos a todos, a cirandarem como baratas tontas, nas vossas vidinhas sem nexo e propósito, regidos como no exército por todas as regras estúpidas da sociedade. Olham para mim, contemplam-me, mas nada podem fazer, pois eu libertei-me, sou livre, e vocês? Que se pode dizer... São uns tristes, apenas vagueiam pelas ruas com toda a sociedade, com um suposto rumo, mas não se encontram nem se sentem.
Eu sinto duas coisas, eu própria e pena de vocês.

sábado, 26 de setembro de 2009

A Perda



Acordas, e parece apenas ser um dia como todos os outros. Está sol, pensas em tudo o que tens para fazer hoje... Alguém chega ao pé de ti, como uma cara que não reconheces bem, mas pressentes que nada de bom vai vir daquela conversa que se está a aproximar. De repente é como se levasses com um balde que água gelada, atinge-te como um estalo bem assente, não sabes onde te agarrar, o teu mundo caí naquele momento, não sabes se hás de chorar, de gritar, de pular da janela, mas isto é apenas o receber da notícia, o choque da perda.

Dizem que o luto passa por cinco estágios: a negação, a revolta, a barganha, a depressão e a aceitação.

Logo após o choque inicial entras em negação, isolas-te, é um mecanismo de auto-defesa. Apenas não consegues acreditar que aquela pessoa partiu, para sempre, isso não aconteceu, não contigo, é apenas um pesadelo.

Prosseguem-se todas as cerimónias fúnebres, vais entrar no segundo estágio, a revolta, alguns é no velório, outros no enterro, uns poucos até mais tarde. A revolta começa a consumir-te, perguntas-te "Porque eu?" ou "Que mal eu fiz?". Não te consegues controlar, não consegues lidar com a situação, o mundo fecha-se sobre ti, sentes-te a sufocar, e simplesmente não consegues lidar com isso. Choras, gritas, queres estar sozinho, tudo a tua volta te irrita, todo um mundo é uma merda, não sabes onde te apoiar, na realidade nem sabes se queres apoiar-te em alguém. Veres aquele olhar de lamentação sempre que as pessoas te vêm, sentires que muitas pessoas só falam contigo por pura pena, consome-te, enraivece-te ainda mais.

A revolta vai atenuando, entras no terceiro estágio, a barganha, é aqui que o sentimento de culpa te invade, que começas a pensar em todas as coisas que deixaste de dizer a essa pessoa, pensas também em coisas que te arrependes de lhe ter feito, tal como discussões, coisas ditas da boca para fora que magoaram. Invocas muitas vezes Deus, ou outra qualquer entidade superior, para te aliviar aquele sentimento de culpa que te pesa tanto.

O quarto estágio é talvez o mais difícil de todos, a depressão, é quando o sentimento da perda é mais forte, quando as saudades apertam tanto que não consegues respirar. É a fase em que vais caminhar para a aceitação, vais ter que aprender a lidar com todos os sentimentos de perda. Alguns conseguem ultrapassar esta fase sozinhos, outros precisam de ajuda, de alguém que os ajude a compreender, a lidar com isso, mas sobretudo que os ajude a expressar todos os sentimentos de ter perdido alguém. Choras, sentes-te infeliz, não queres sair de casa, não queres ver ninguém, não tens vontade de comer, nada faz sentido. Pensas para ti que nada fazes neste mundo, que não tens mais nada que te agarre aqui, só queres que a dor pare, que as saudades cessem, queres que tudo seja uma grande mentira, queres acreditar que vais acordar deste pesadelo e nada se passou, que está tudo normal como dantes. Mas parece que todos os dias te sentes um bocadinho pior.

Por fim o último estágio, a aceitação. Por fim compreendes que nada podes fazer, que a pessoa foi, mas tu continuas cá e a tua vida segue em frente. De repente começas-te a sentir melhor, não sabes bem como mas consegues lidar com as saudades, e toda a dor da perda vai desaparecendo ao poucos. Olhas para trás e percebes que o ser humano tem uma força inigualável e sabes agora que és uma pessoa muito mais forte, e que há algum tempo atrás pensavas apenas que nunca ias conseguir lidar com a perda daquele alguém tão importante. A tua vida continua, as saudades estão lá sempre, mas já não te sufocam, relembras todos os bons tempos com um sorriso e uma lágrima. Em alguns dias sentes-te mais deprimido e choras de novo, tens sempre o desejo que a pessoa esteja ao teu lado. Percebes no fim que a vida é assim, e que ninguém vai estar cá para sempre, e sempre que alguém partir e tu ainda aqui estiveres, sabes que a vida continua e nunca te vais esquecer da pessoa, vai continuar sempre a ter sempre um lugar no teu coração, com uma eterna saudade lá guardada.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Noite...



Sentei-me no banco, não sabia realmente o que esperava, alguém, uma palavra, um telefonema...
Dei comigo a olhar para a outra margem do rio Tejo, contemplei o Cristo Rei, a ponte, conseguia ver lá ao fundo o porto da Trafaria, ouvia o barulho de fundo dos bares das Docas. Com toda esta paisagem e juntando-se o facto de já ser bem de noite, o meu pensamento voou para longe, para mais de mil léguas de onde me encontrava, relembrava tudo o que tinha acontecido nos últimos tempos, como era possível que tudo se tivesse passado em tão pouco tempo, não conseguia não sentir um aperto no coração, talvez saudades daqueles tempos, ou talvez apenas caía em mim a aterradora realidade que não sabia quando te veria de novo e talvez nunca voltasse a sentir o aconchego do teu abraço.
Caiu uma lágrima, escorreu pelo meu rosto a baixo, não me dei ao trabalho de a limpar, não me importava se alguém me iria ver assim, não queria saber, não queria saber de ninguém, mas também não queria estar a pensar em ti de novo, só queria um refúgio, aquele que em outros tempos foi meu, já não o é mais. Rolou outra lágrima, olhei para o telemóvel na esperança de ver uma mensagem tua ou de receber um telefonema teu, no fundo sabia que tal era tão improvável que até o podia considerar impossível.
Eram 3 horas da manhã, nem dei pelo tempo passar, de repente sinto o telemóvel a vibrar, senti aquelas borboletas no estômago e a adrenalina a subir, atendi...
- Olá, sou eu, desculpa ligar-te tão tarde, mas não sei porquê presumi que estivesses acordada. Estás de carro?
Ainda a tremer e sem acreditar: - Sim estou, mas passa-se alguma coisa?
- Vem-me buscar a casa, preciso tanto de falar contigo, sinto a tua falta.
- Tenho saudades tuas, 20 minutos estou aí.

Rita

sábado, 4 de julho de 2009

Ponto Final



Deixa-me triste aquele assunto, sabes que não gosto de falar sobre isso, por mais coisas que diga vou ser sempre a eterna culpada, que cometeu um erro. Nada que eu te pudesse dizer te faria compreender que não é o bicho de 7 cabeças que pensas, até é simples, mas independentemente disso continuaras a ser a grande vítima no meio de tudo, mas eu percebo que seja difícil para ti, é bem a cima da compreensão esperada.

Eu prometi que tinha sido único, só queria que acreditasses em mim, mas não o consegues fazer, eu sei que é compreensível e estás no teu real direito. Magoa-me tanto ver nos teus olhos que não acreditas no que te digo, estou farta deste assunto, pus de vez um ponto final sobre ele e não volta a ser falado, para grandes males grandes remédios. Fico irritada e triste sempre que é tema de conversa, mas não é contigo, não confundas, é comigo mesma, fico triste, vá-se lá saber porquê...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Religiões

Estava a dar umas espreitadelas nos blogs que mais gosto (Words in the Sand, deviam dar uma espreitadela) e deparei com um texto sobre religião.

Religiões, o que há a dizer sobre isso?

Eu como grande parte das pessoas que me são próximas, fomos educados segundo a religião cristã, frequentámos a catequese, alguns os escuteiros católicos. Hoje em dia, defino-me como uma pessoa que não segue nenhuma religião em especial, mas acredito que existe algo superior a nós e que a nossa vida não acaba quando morremos. Quanto ao cristianismo há muitas coisas que não concordo, tal como certos e determinados ideais mais que ultrapassados, a verdade é que a sociedade evolui mas as religiões ficam na mesma e, uma das grandes causas de não estarmos mais desenvolvidos a nível tecnológico deve-se em grande parte às religiões, no nosso caso ao cristianismo.

Mas atenção, eu respeito as pessoas que seguem uma religião, se elas se identificam então não tenho nada a dizer contra, mas gosto sempre de ter discussões construtivas sobre a religião e o que é bom ou mau. Acho que todos devíamos ter fé em algo, seja numa religião, num Deus em especial ou em alguma pessoa, qualquer coisa a que nos possamos agarrar nos tempos mais difíceis.

Esta conversa toda de religião, mas já pensaram que no fundo todas as religiões convergem para o mesmo? Um Deus, uma entidade superior a nós, que criou o mundo e pode acaba-lo quando quiser, quando achar que os seus discípulos estão condenados ao pecado eterno. Para os Judeus a entidade superior é Deus, para os Cristãos é Deus e Jesus Cristo, para os Muçulmanos é Alá, para os Budistas é Buda, para os Satânicos é Satanás, para os Egípcios eram vários Deuses (Rá, Anubis, Hórus, Ísis,...), para os gregos eram também vários deuses, mas Zeus era o todo poderoso.

Concluindo, todas as religiões acabam por convergir para o mesmo, uma ou mais entidades superiores que controlam o que nós fazemos, a diferença entre cada uma delas são os ideais e as crenças, mas no fim vai sempre existir algo superior, mesmo para aqueles que não seguem nenhuma religião em especial.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Estranhos...

Estava sentada no metro, ouvia as músicas que passavam no meu iPod, para variar estava num mundo bem distante, não estava a tomar atenção a nada, tinha apenas pensamentos vagos, pensava em verde, isso lembrava-me algo, que depois me lembrava outra coisa qualquer, e nada a volta importava...

De repente sinto que alguém se sentou no banco a minha frente, despertei do meu estado quase de hipnose, e olhei nos olhos dele de relance e voltei concentrar-me na minha música. Desde o momento que ele se sentou a minha frente até eu sair do metro, senti que ele me olhava fixamente, mas eu nem sequer o conhecia, ter-lhe-ei despertado algum interesse?

Enquanto caminhava pelas ruas de Lisboa, voltei a pensar naquele rapaz, o porquê de ele me olhar tão fixamente, mas não me parecia que tivesse más intenções, apenas por algum motivo eu fui a pessoa naquele dia que lhe despertou atenção... Eu própria já fiquei quase com cara de parva a olhar para alguém, porque me lembrava alguém, ou porque me despertou interesse, ou então sem motivo algum... Lembro-me que às vezes pensava "Porque não meto conversa? Mas o que é que lhe digo?", parvoíce ou não, simplesmente continuava na mesma porque nem sequer tinha coragem para meter conversa.

Um dia um amigo meu viu uma rapariga a chorar nas escadas de uma discoteca, uma rapariga bonita mas que por alguma razão aquele não estava a ser o dia perfeito para ela. Ele viu um senhor a vender flores e comprou um rosa, chegou ao pé da rapariga, ficou a olhar fixamente para ela, sorriu e ofereceu-lhe a rosa, a rapariga sorriu de volta ainda com as lágrimas a escorrerem-lhe pelo rosto e aceitou a rosa, naquele momento é certo que ela esqueceu todos os problemas. Ele virou costas e foi-se embora. Marcou sem duvidas o dia dela, ele nunca mais a viu, mas tenho a certeza que nunca mais ela se esqueceu daquele estranho que lhe ofereceu uma rosa.

De certeza que todos já fomos abordados, nem que seja sequer uma vez, por um estranho na rua, e incrivelmente com uma conversa de 2 minutos essa pessoa conseguiu fazer a diferença, deixar a sua marca no nosso dia, que não esquecesse-mos jamais aquele estranho encontro. Ele marcou a diferença, porque ele teve coragem de vir falar connosco, talvez o objectivo dele para cada dia seja marcar a diferença na vida de uma pessoa.

E se decidisse-mos em cada dia marcar a vida de uma pessoa, não iríamos ser pessoas muito mais realizadas? Pensem nisso...

domingo, 21 de junho de 2009

novo look

Sabem quando as vezes acordam e pensam "preciso tanto de mudar de visual", hoje acordei e pensei o blog precisa de um novo visual...

Pois é, hoje é o primeiro dia do verão, e como o verão por si só já trás felicidade, porque não dar um ar mais colorido ao blog?
Bem sofreu umas mudanças radicais hoje:
- Primeiro decidi não por mais aqui apenas os meus textos, e dar-lhe então um toque pessoal, falar sobre mim, sobre o meu dia, qualquer coisa...
- Mudei as cores para essencialmente branco e azul.
- Pus uma musica de fundo, eu sou o que se pode dizer uma amante de chillout, então deixei-vos aqui um dos sets que mais gosto "Buddha Bar - Gotan Project - Hotel Costes Ambient Lounge".

Decidi também falar sobre o meu blog às outras pessoas, era uma coisa minha, pessoal, o meu canto, onde escrevia sempre que me apetecia, mas porque não afirmar convictamente que tenho um blog? Qual é o problema disso afinal?

Verão

Época de exames, eu enfiada a estudar em casa, mas HOJE chegou o verão e apesar de tudo senti que tinha de dar uma mergulho na piscina, já que a praia não se encontra por perto...
Lembrei-me de um anúncio brasileiro que vi à um ano ou dois, da Skol (para quem não sabe é uma cerveja brasileira), decidi deixar aqui para verem:



"Ah, o Verão!
Dizem que é estação da perdição.
É porque é no verão que você faz tudo aquilo que vai contar para seus netos, bisnetos e tataranetos um dia.
Dormir de cueca, dormir de calcinha, é só no verão!
Viajar para montanha, para cachoeira ,para o balneario, é só no verão!
É no verão que o amor floresce, o amor a preguiça, amor ao sol, ou até mesmo o amor a uma sirigaita... ou a uma duzia de sirigaitas, por que não? Seja otimista rapaz, é verão!
Vai contar o que para o neto? que ficou jogando o dominó? NÃO! vai contar que pulou da pedra, comeu churrasco, deu cambalhotas, essas coisas, que a gente só faz no verão.
Ah, Verão!
O verão é agora e tá redondo.
Yeah, yeah!
Se beber, não dirija."

domingo, 7 de junho de 2009

Quero-te



Quero sentir que me desejas
Quero que me arranhes
Quero que a loucura te invada
Quero por-te fora de ti como me pões a mim
Quero que me agarres
Quero que harmonizes o meu desejo com o teu
Quero estar em sintonia total contigo, num estado quase elevado
Quero que me ames com todas as tuas forças
Quero-te...

Hug me



Hug me, kiss me,
this is where I want to be,
Love me, try me,
I want you to know how much I want you,
see me, show me,
How the world should be.

At the end I just want you again
to hug me and kiss me,
just the way it should be.

Suspiro



Suspiraste-me ao ouvido,
um arrepio subiu pelas minhas costas,
mordiscaste-me a bochecha,
sussurraste-me algo que já não me recordo.

Fiquei louca,
todo o meu corpo termia,
aquele desejo voltava a consumir-me por dentro,
tinha medo de não o controlar,
de te assustar.

Falaste comigo e senti-me segura,
como sempre me fazes sentir e,
finalmente entendi
que és o meu porto de abrigo e eu o teu,
que estar separada de ti
só me faz sentir mal e com um vazio...

Peço-te,
fica aqui ao meu lado,
agarra a minha mão,
faz com que sinta que o mundo é meu
e que ninguém me pode tirar isso.


Obrigada por teres ficado...

Desejos



Não quero agarrar este desejo,
luto interminavelmente contra ele,
mas só me consome,
cada vez mais...

Não conseguia parar de olhar para ti,
estava fascinada,
só me imaginava a abraçar-te com todas as minhas forças.

Não sei se quero entender o que vai na minha cabeça,
e talvez nem o que vai na tua,
mas fico louca só de pensar.

O que é este desejo que me sufoca?
Diz-me, por favor diz-me!

Reconhecimento



Entramos para a escola bem pequeninos, fazemos a primária, depois o básico, por fim o secundário. Conseguimos entrar na universidade, nova grande etapa, estamos a crescer... Concluímos o nosso curso, somos adultos, vamos arranjar trabalho e finalmente sermos verdadeiramente independentes...

Mas nunca ninguém se perguntou qual é o sentido de tudo isto?
Passar tanto tempo da nossa vida a estudar?
É só porque a sociedade o exige ou será algo mais?

Toda a nossa vida procuramos ser os melhores em algo, nem que seja na coisa mais insignificante, só queremos reconhecimento por parte da sociedade, dos nossos pais, da família, dos amigos, dos professores, do patrão... Afinal só sabemos se realmente somos bons para algo se nos disserem e derem os parabéns. O nosso ego depende disso, a nossa sanidade mental também. Afinal a nossa busca por toda a vida é apenas por reconhecimento, por parte de todos os importantes, mas principalmente de nós próprios.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Memórias de uma noite



Memórias da noite em que te beijei pela primeira vez...

Deitei-me na cama,
tu deitaste-te logo a seguir,
estava de costas para ti.

O medo apoderava-se de mim,
até que puseste a mão no meu ombro...
Termi...

A tua mão desceu pelo meu braço,
agarraste a minha mão com força...
A ansiedade crescia...

Senti a tua respiração a aumentar,
virei-me e fiquei cara a cara contigo,
as nossas testas encostraram-se...

O sangue passava a 200 km/h pelas minhas veias,
o coração estava prestes a saltar...
Hesitaste...

Mas pela primeira vez na vida
senti que estava no lugar certo,
à hora certa, com a pessoa certa.

Avancei,
os meus lábios tocaram os teus,
senti que naquele momento
me desejavas tanto como eu a ti.

Abracei-te e pensei,
"quem me dera que o tempo parasse para sempre"...

Rita

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sonhos



Trocamos carícias, beijos apaixonados, fizemos juras para nos mesmos de que aquele momento ia parar no tempo para sempre.

"Não quero acordar", pensava para mim, mas no fundo do meu subconsciente sabia que aquele momento ia morrer ali, nos meus sonhos, nas minhas ilusões, ficar perdido naquele espaço e tempo infinitos.

Só agora restam as memórias, daquele sonho, de me ter entregado sem medos a ti e, permanece em mim o desejo de voltar a adormecer.

domingo, 1 de março de 2009

Adormeço



Tento adormecer,
Cheiro o teu perfume no meu relógio,
Consigo quase sentir-te aqui.

Imagino-me a abraçar-te,
A dar-te um beijo apaixonado e,
A adormecer com a cabeça no teu peito.

Desejo com todas as minhas forças que estejas aqui,
Para sentir o conforto dos teus braços
E te sussurar ao ouvido o quanto gosto de ti.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Diz-me




Diz-me que não imaginaste,
Que não fantasiaste,
Que não sonhaste,
Que não desejaste,
Que não quiseste,
Que não gostaste,
Que ficaste indiferente,
Que não sentiste nada,
Que não mexeu contigo,
Que foi só fértil imaginação minha,
Que não aconteceu,
Por favor diz-me.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Loucura



Qualquer coisa em que pense,
Automaticamente é redireccionada para ti,
Porque por mais que mil e uma vezes
Tente rejeitar tal pensamento,
Neste estado,
Percebo o desejo que me consome por dentro.

Sei que te consome a ti também,
Directa ou indirectamente,
Já o transpareceste.

Espero por ti,
Aqui,
Naquele espaço e tempo só nosso.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Não vás

A deriva, sem ver terra no horizonte, tudo o que podia esperar era um milagre, tal como num deserto encontrar um oásis. E mesmo quando estava no limiar de desistir, quando o fino fio de esperança estava prestes a quebrar, apareces e das-me um rumo a seguir. Ensinas-me que o mundo não é o monstro que parece, que o inferno pode transformar-se em Jardim do Éden, e que coisas más podem virar coisas boas.

Sinto-me segura quando estás aqui, não vás por favor.

Look around



I'm looking around,
Observing people,
Their actions and reactions.

The world it's not easy for anyone,
And people are so different from each other,
That sometimes it's so hard to understand
Why do they act that way,

You think you are happy?
You think your life is good?
You think that everyone are ok?
So naive...

Just look around,
Stop and just look.
Believe me, the world is shit,
People don't know how to act,
It's just lies, alcohol, drugs and sex...

How many real friends do you have?
Two? Maybe tree?
If you don't believe me,
Please look around you.

How can I live here
And not be mad?
Every day I wake up,
I'm afraid to be just a stupid person too.

Sometimes I make stupid mistakes,
It's true,
But I fight against that,
And I learn with my own mistakes.

And you? What you do? Who you are?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

É sempre mais do que eu te sei dizer



Esperas de mim aquelas silabas soltas,
que se juntam e formam palavras soltas,
que por si formam frases soltas,
e por fim tornam-se textos de arrepiar.

Tento explicar-te que coisas como essas não vem do nada,
não é por tu quereres que eu consigo escrever,
ironicamente nem é por eu querer,
é algo que fluí naturalmente,
sem controlo e sem momento de chegar.

Esperas de mim algo que eu nem sempre consigo fazer,
Alias poucas vezes o consigo,
E ainda muito menos vezes para ti.
Porque escrever esta relacionado com o falar e o pensar,
E quando tu esperas algo de mim,
Eu nunca te consigo dar,
Pois o que tu esperas... É sempre mais do que eu te sei dizer.

sábado, 10 de janeiro de 2009

A mulher do século XXI



"A mulher do século XXI tem um comportamento cada vez mais masculino: é sexualmente agressiva e quer satisfazer os seus desejos sem a «obrigação» da paixão ou do relacionamento.

O sexo casual, sem compromisso, passou a ser uma realidade para a mulher moderna, que já não é passiva em assuntos de cama.

Esta é uma das conclusão do estudo «O Que as Mulheres Querem», realizado pela agência de publicidade Publicis, que revela que as mulheres estão a assumir os papéis tradicionalmente reservados aos homens e a definir como objectivos prioritários, a conquista de sucesso, amor e dinheiro.

Aliás, as mulheres portuguesas representam 60 a 80 por cento dos clientes das sex-shops e o número de mulheres que frequentam clubes de striptease aumentou muito nos últimos anos.

A mudança de atitude em relação ao sexo levou a que a mulher se tornasse quase tão infiel como o homem. É infiel para melhorar a sua auto-estima, sentir-se mais bonita, mais poderosa e mais capaz de seduzir. Hoje em dia, a infidelidade envolve 24 por cento das mulheres contra 39 por cento dos homens.

As mulheres do século XXI estão determinadas em mostrar que são tão boas, ou melhores, do que os homens nas profissões tradicionalmente masculinas e vão «invadindo» os territórios que eles consideram habitualmente como seus, das profissões à politica, do futebol ao sexo."

In IOL Diário

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pink Floyd - Wish You Here Were




"So,
So you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?

Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?

How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"

domingo, 4 de janeiro de 2009

The Sunset




The sunset is coming,
My world is falling down,
And everything a though to believe,
It's just a big lie.

So now I'm just waiting,
For something to believe,
For someone that really makes the difference,
Then I can start all over again.

Not the same way,
Not you again.

I'm sorry,
I have to fly away,
For somewhere a thousant miles from here,
Where I will just wait for the sunshine.

So now it's just me and my guitar,
Listening the waves,
Looking for the stars,
Just waiting for that sunshine that never comes.