segunda-feira, 23 de abril de 2012

Livre ou não livre? Eis a questão...

O mundo em que vivemos e a sociedade em que estamos inseridos condicionam, quer queiramos quer não, todas as nossas acções. As nossas definições do que está bem ou mal, do que é certo ou errado, estão contaminadas pelas definições que a sociedade lhes dá.

Gosto de pensar que sou livre, como uma borboleta, que posso voar para onde quiser, sempre que quiser. Claro que por mais indiscutível que seja o quanto eu gostava que assim fosse, nada é assim tão simples. Outro grande factor que condiciona as nossas acções são as pessoas das quais nos rodeamos e este é sem dúvidas o factor que mais condiciona as nossas acções.

Podemos ser anarquistas, não acreditar em quaisquer valores da sociedade mas as pessoas que nos rodeiam irão sempre condicionar a forma com agimos. Por isso, não somos livres, não fazemos aquilo que nos dá na real gana, porque alguém de quem gostamos ou temos um enorme carinho, vai sair magoado com as nossas acções.

Este condicionamento é tão grande e tão forte, que não importa o quanto queiramos, o quanto desejamos e o quanto sonhamos ou fantasiamos, que se essa acção magoar alguém que nos é importante, então é certo que não a vamos fazer. Se a fizermos é porque não pensamos nas consequências, não temos noção da forma com que vai afectar a pessoa ou, simplesmente, a pessoa não é assim tão importante para nós. Ahhh, o quanto isto condiciona as nossas vidas, mais do que pensamos, mas quando vale a pena, nem nos importamos que tal pessoa condicione dessa forma a nossa vida.

Para finalizar, é óbvio que quem mais condiciona as nossas acções somos nós próprios, são as acções que cometemos ou não cometemos que nos definem como pessoa, como nós. Por vezes, nem mesmo nós conseguimos explicar porque não fizemos alguma coisa, quando na verdade já tinhamos pensado nisso e até gostamos bastante da ideia, mas na hora H por algum motivo retraímo-nos e, não é por não desejarmos ou por não queremos, é simplesmente porque sim, porque naquela altura não pareceu certo.

Desejo, sonhos e por vezes fantasias, é na maioria das vezes o que resta das acções que não cometemos.

Rita

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